25 dezembro 2006

Olhando o Natal pela janela

Esse Natal está passando totalmente diferente de todos os que já passei, pois pela primeira vez fiquei só literalmente.
Em natais passados quando separado, já passei só, mas em casa de amigos e era triste ver que meus filhos não estavam comigo (minha família).
Moro só em Brasília há muitos anos, sem nenhum parente e talvez por isso me chamava à atenção ver e participar de reuniões nessas datas nas famílias dos outros. Então acostumei usar a família dos amigos “emprestada” quando isso acontecia.
Engraçado, pois acabo de lembrar como comecei a gostar da mãe dos meus filhos que foi minha única esposa. Foi num fim de ano que a conheci e nessa época tinha uma namorada a quem já não estava gostando muito e chegando o natal eu esperando que ela me convidasse para passar a ocasião com ela, (convivia muito bem com a família dela e eles sabiam que eu era sozinho) fui surpreendido com a afirmação dela que Natal é festa de família e então ela passaria com a dela e depois, dia 25 ou 26 a gente se encontraria de novo. Sem alternativa só tive que concordar. Naquele mesmo dia (24) perto do meio dia quando já ia sair do trabalho, quando já estava começando a pensar no que ia fazer, recebi um telefonema de uma menina que tinha conhecido no inicio do mês, desejando Feliz Natal, agradeci os votos e retribui, achando que ali acabaria a nossa conversa, daí ela me perguntou se passaria o Natal com a namorada (ela sabia que eu namorava) e eu respondi que não, que ela tinha “me dispensado”, em tom de brincadeira. Ela imediatamente disse que estava perto do Banco em que trabalhava e se poderia encontrar comigo. Respondi que sim e quando nos encontramos ela me entregou um presente e me convidou para almoçar na casa dela e compartilhar a ceia com a família dela. Esses fatos me comoveram muito e acabei aceitando e me divertindo muito naquele natal. Daquele natal em diante, nunca mais fiquei só, pois sete meses depois ficamos noivos e no ano seguinte casamos.
Bem foi só uma boa lembrança de Natal...hehe
A verdade é que depois que a reunião de natal desse ano com amigos furou, eu até pensei em aceitar alguns convites de amigos, mas acabei ficando em casa mesmo, cheguei em casa em torno das 17:30 de ontem e até agora fiquei sem sair do apartamento ( que por sinal está super quente – que calor!). No inicio da noite da véspera, achei que alguém ainda ligaria me chamando para passar a festa com ele, mas a medida que chegava perto da meia noite essa esperança foi se diluindo. Pensei que ficaria super deprimido, mas para minha surpresa isso não aconteceu.
Vi da minha janela a partir da meia noite muitos fogos de artifícios na orla do lago, lembrei das crianças e da minha mãe e pela primeira vez fiz uma pequena oração.
Fiquei e estou tranqüilo, em paz, sem magoa, sem rancor, sem tristeza e sereno. Será que isso é amadurecimento e consciência da minha situação de solteiro sozinho ou é a PVC (Porra da Velhice Chegando)??? hehe
Bem seja o que for, não é ruim.

3 Comments:

At terça-feira, dezembro 26, 2006 10:39:00 AM, Anonymous Anônimo said...

Pôxa Gegezinho, fiquei muito triste com isso pois te chamei de coração p/ que fosse na minha casa, não te liguei pq pensei que iria ser chata.
Mas........ fica pra próxima, tenho um ombro beeeeeeemm grande se prescisar não hesite em me procurar.
Você é umito especial.

 
At quarta-feira, dezembro 27, 2006 8:47:00 AM, Blogger GG said...

Ôoo minha linda Patricia
não fique triste, pois eu não estou e além do mais a tristeza não combina com esse seu rostinho.
Obrigado pelo carinho.
Beijusss

 
At sexta-feira, janeiro 05, 2007 6:29:00 PM, Blogger Sheila Campos said...

Puxa! Achei lindo!
Que linda a descrição do início do seu envolvimento com a Hélida!...
Fiquei impressionada com a convicção e com o carinho que ela demonstrou! Que segurança! E, o melhor: frutificou! Não à toa, vocês formaram uma família, e construíram uma vida por sete anos!
Parabéns pela sua trajetória! Espero que você encontre a tão desejada segunda companheira, para esta outra parte da jornada! E que seus Natais nunca mais sejam solitários - ainda que você não tenha sofrido com isso! Abração!

 

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