01 março 2006

Afinal é Carnaval!!!

Conhecendo-me um pouco melhor.

Fui convencido por amigos três semanas atrás, a passar esse carnaval em uma república de Ouro Preto (MG) (uma verdadeira aventura!).Tudo certo, passagens compradas de ida e volta, confirmadas as reservadas das nossas “suítes”, malas prontas e lógico sem esquecer da minha fiel companheira (câmera digital com tudo que tem direito (Risos))), fomos de ônibus para a cidade histórica, logo na quinta para sexta-feira de carnaval, para aproveitar o máximo.

Primeiro dia, entusiasmados chegamos à rodoviária as 7 da manhã, aonde já se encontrava outro amigo/parceiro que chegara uma hora antes procedente do Rio de Janeiro.Na república fomos superbem recebidos por todos, como se fossemos amigos (ou alunos de longa data = monstros) pelos alunos e responsáveis pela casa (os monstros) como também pelos novatos (os bichos).Como era cedo, a turma estava acordando ainda e para não perder tempo colocamos nossas malas em um quarto grande aonde dormiam umas oito pessoas em colchonetes no chão.A turma começou logo a beber cerveja (quatro freezer) e eu acompanho a turma nova (que é lógico pois os moradores da casa são estudantes).Os hospedes vão chegando durante o dia todo e são dos mais diversos lugares do Brasil, sendo recebidos da mesma forma do que nós e parece até uma grande família que se reencontra.Tudo vai a mil maravilhas e passamos o dia todo bebendo e brincado com a galera, aí lá pelas tantas já à noite meio tonto, procuro saber qual será o nosso quarto e sou surpreendido pela informação de que ficaríamos ali mesmo no quarto aonde antes tínhamos colocado nossas malas “provisoriamente” e que estava ocupado por oito pessoas e que agora passara para DOZE, todos no chão em colchonetes, praticamente uns grudados aos outros, mas como não tinha outro jeito, fui deitar ainda cedo e naquele momento não tinha ninguém no quarto.Acordei umas 4 horas depois com o quarto já quase com a sua capacidade esgotada e noto que a minha direita dormia um rapaz loiro que começava a fazer uns barulhos estranhos o que me preocupou um pouco e... de repente sentou-se virando para o meu lado, dando todos os sinais que iria vomitar em cima de MIM. Por puro reflexo empurro-o para a outra direção em que não se encontra ninguém e ele “faz o serviço”. Sou obrigado a me levantar e abandonar aquele ambiente “horripilante”. Volto para sala a onde agora a turma está maior nesse momento e todos bebem alegremente, informo o ocorrido a um dos Monstros que resolve o caso chamando os parceiros do menino que fazem a faxina geral (até no menino).Resolvem então ligar o som da Boate, que fica no porão da casa, a toda altura. Até aí tudo bem, afinal é carnaval e tudo vale. Só “pegou” por um pequeno detalhe (o teto da boate que era de madeira é também o chão do meu quarto coletivo e fico escutando e pior sentindo (vibrando) o som como se estivesse deitado em cima de uma enorme caixa acústica, acham que para por aí, não! O som escolhido pela turma é simplesmente uma seleção de “Hip Hop” (tipo todas as musicas iguais e com o mesmo ritmo “bate estaca”) que só é desligado às 05:43 horas da manhã. (claro que não consegui dormir).Mas, tudo bem! Afinal é carnaval!!!

Vamos para o segundo dia, em que chegariam algumas amigas logo cedinho e eu ficaria mais animado com gente conhecida. E realmente é o que acontece. Chegam alegres e vão logo começando a beber (não falta cerveja gelada em nenhum momento – altamente competentes esses meninos! (Risos)))Então somos informados que esse seria o dia em que o nosso bloco sairia desfilando nas ruas Ouropretense (acho que é assim que se diz) e a tarde teríamos ainda por cima uma churrascada na casa. Fiquei super animado! Finalmente brincaria o famoso carnaval de rua de Ouro Preto. Recebi a “mortalha” e fui logo vestindo todo orgulhoso de fazer parte efetivamente da turma. Continuando bebendo (alias ainda não tinhamos parado) quando fomos informados que deveríamos ir para a concentração nos preparar (beber mais cerveja em um pátio de um colégio aonde só entravam quem estava com a mortalha) então resolvemos (a turma de Brasília, somos seis nesse momento) almoçar antes e depois ir direto para o nossa “obrigação”.Gente, era em torno de duas da tarde e já estávamos lá dentro, super, hiper, mega, plus, ultra lotado mas na maior alegria e com muita cerveja, e eu tirando fotos e bebendo tudo e mais o que tinha direito. O que aconteceu? Por volta das cinco da tarde eu já estava passando mal (lembrem que eu comecei a beber no dia anterior por volta das 8:30 da manha, não tinha conseguido dormir direito e tinha “recomeçado tudo novamente” na chegada das meninas por volta das 08:30 horas e ainda não tinha parado). Sai de lá cambaleando e consegui chegar em casa e “desmaiar” no meu (nessa altura) maravilhoso colchonete.Acordei com a boca com gosto guarda-chuva, guarda-luvas, guarda-roupa, guarda..., etc. Pensem em uma pessoa passando mal, mas multiplique por DEZ! (Ah, sim! Perdi o tão esperado desfile do meu bloco, é claro!) Tentei então me reanimar tomando algo (só tinha cerveja ou água quente-natural) então encarei a cerveja novamente (afinal sou macho!!!(Risos))) Agüentei dois goles e quase coloquei tudo para fora. Écaa!!!, Bem vamos para a água natural o que para mim foi um suplicio mesmo assim. Continuo resistindo e vou para a rua, na frente da casa, aonde encontro meus parceiros todo animados com seus copos de cervejas cheios de geladinhas e me servem alegremente MAIS cerveja, o que para não pegar mal eu não nego que coloquem no meu copo. Ando alguns metros e encontro um vendedor ambulante e compro uma coca-cola (liquido que desce docemente) que me alivia um pouco o “embrulho”. Então penso bem e... Resolvo voltar para o meu colchonete que agora já o encontro com aquele som a toda altura, a que eu já me referi anteriormente, mas tudo bem! Vou deitar só um pouquinho para me refazer. No estado que estava consegui dormir. Mais ou menos duas horas depois, vibrando todo, acordo um pouco melhor e resolvo encontrar os meus parceiros, saio do quarto e sou recebido pelos “bichos” com aquela cerveja geladinha colocando na minha (inseparável) caneca. Sou informado que o churrasco está a todo vapor lá no quintal da casa e que a minha galera deve estar lá. Desço e realmente encontro-os lá, bebendo, beijando, dançando, conversando, comendo, enfim divertindo-se. Respiro fundo e tomo os primeiros goles de cerveja e espero o churrasqueiro contar um pedaço de carne. Experimento e... Para minha tristeza constato que aquela naca de carne enche minha boca e desce quadrada mesmo ajudada pela “gelada”. Olho para todos os cantos e todos estão divertindo-se e eu pareço “um peixe fora d’água” totalmente fora de sintonia, todos estão a 100 por hora e eu estava quase parando. Então percebo que não me resta outra alternativa a não ser voltar a dormir. Ao menos o “loirinho” está deitado, desta feita longe, encostado na parede. Mas antes vou para sala e fico olhando as pessoas inter-relacionando-se, todos já um pouco embriagados, a grande maioria de jovens na faixa de 18 anos (lolitos e lolitas como diria uma grande amiga), reparo que também existem “monstros” da minha faixa de idade que tentam em vão “atacar” as menininhas e são rechaçados de modos diferentes, dependendo da índole da criança escolhida. As pessoas notam a minha ressaca e tentam me animar (a essa altura já sou bem conhecido e até querido pelos hospedes e moradores). Fico feliz pelas tentativas, mas são infrutíferas e ainda cansado e não querendo ficar destoando daquele clima festivo, volto ao meu (a essa altura o maior parceiro) colchonete.Dessa vez acordo sentindo um cheiro forte (diferente do já acostumado acre-azedo mistura de suor, cerveja choca, um pouco ainda do vomito e outras “cositas” mais) e no escuro entendo que o novo companheiro de colchonete tinha deitado (ao contrário de todos) com a cabeça no sentido inverso, isto é os pés dele estavam na altura do meu rosto e o que eu sentia era um chulé...como descreveria – carniça pura! Dei um pulo e saí do quarto, eram 4:45 da madrugada e ainda encontrei alguns foliões resistindo bravamente o já visível cansaço. Resolvo não voltar mais para o quarto e sentei no único lugar que restou, pois muita gente já havia “desmaiado” em tudo que era lugar possível (sofás, poltronas, cadeiras, bancos e até no chão da sala jaziam uns cinco), TV ligada no desfile da escola de samba do Rio a todo o volume e eu ali, o único sóbrio da casa. Nesse instante penso seriamente em largar tudo e voltar para Brasília, minha casa, minha cama (que saudade!). Afinal o que tinha feito para merecer tamanha provação? Fico remoendo esse pensamento por mais de uma hora e resolvo não decepcionar meus amigos. Ficaria!Espero amanhecer e até abro a casa para a turma da limpeza e para os “bichos” começarem a repor os freezer para o novo dia. Resolvo tomar banho e sou o primeiro a encarar o banheiro para isso. Após uma pequena higienização por minha parte no Box tomo um banho MARAVILHOSO e saio novinho e para minha surpresa e felicidade vejo que a minha turma (ala feminina) está acordada, linda, alegre e esperando para tomar banho também.

Inicio então o terceiro dia repensando aonde tinha errado para não estar aproveitando o “maravilhoso carnaval” e decido só iniciar a beber cerveja na parte da tarde para a noite e aí sim, entraria no ritmo da turma! Isso!!! Essa é a decisão certa!!! Tive certeza que minha sorte começaria a mudar naquele instante!Acordo a ala masculina de Brasília e resolvemos todos tomar café na melhor padaria que encontramos. Informo aos meus amigos dos meus infortúnios e lógico é motivo de risos e piadas da galera, levo numa boa, rindo também de mim mesmo. Afinal é carnaval!!! O incompetente ali era eu!Ouro Preto, manhã ainda preguiçosa a cidade acorda para mais um dia de folia, o movimento vem agora do bloco dos garis seguido de perto pelas "alegorias" dos caminhões pipas que lavam as ruas e fechando esse “desfile” vem a turma do esguicho de desinfetante. E pronto tudo limpo para mais um dia de carnaval – O Domingo.Saio com a minha grande amiga para um passeio turístico e compras de lembrancinhas para os amigos e parentes. Aproveitamos e tiramos várias fotos bem “alá turista” como também trocamos confidências do que ocorreu no dia anterior (da parte dela, pois o meu...(Risos))).Rimos muito e sinto naquele instante um profundo carinho por ela e fico feliz por estarmos passando esse carnaval juntos. Não só com ela, mas com a nossa turma que é 10! Sim o dia estava sendo diferente! Reencontrando a turma resolvemos almoçar às treze horas para forrar bem agüentar a noitada que prometia. Na hora do almoço outras pessoas que estavam na casa se juntaram a nos na mesa do restaurante e mais uma vez lembraram dos meus dias de provação a base de muita piada. Rimos muito!Quando retornamos para a república, uma surpresa me aguardava, fui chamado por uma das “meninas do Rio” e convidado para dormir no seu quarto. Estupefato e ainda me recuperando do convite, ela me explica que a sua amiga e companheira de quarto, estava na minha mesa no almoço, ficou tocada pela minha infeliz experiência e como elas estavam em um quarto amplo e sozinhas não custava a elas compartilharem um cantinho. Lógico que aceitei e fiquei super feliz. Sim! Minha sorte mudara!!!Aquele dia seria enfim o inicio do meu carnaval!Conto a novidade para todos meus amigos que celebram comigo a minha boa sorte, a base de cerveja gelada (lógico), dando a entender que eu me daria bem “olha só, vai ficar com duas, hein!” Não adiantava explicar que foi apenas um gesto de bondade por parte das meninas e acabo me rendendo, dando a entender que sim, “era o gostosão” (Risos))).Em seguida começa o desfile dos outros blocos em frente da nossa república e eu registro tudo com a maior alegria e descontração. Fotos, cerveja, risos, gritos, alegria, filmo, troco baterias, chips, copos, fotos,...E assim vai até a noite quando resolvemos ir comer uma pizza para reforçar. (Detalhe: Ao contrário das noites anteriores, estou bem em todos os sentidos).Na pizzaria ocorre um pequeno incidente que devido ao excesso de álcool vai tomando maiores proporções gradualmente. Na volta a Republica, a minha amiga explode comigo e chateado e sem saber para onde ir resolvo me recolher ao “conforto” do meu colchonete no meu antigo quarto (pois ainda não havia feito a mudança). Claro que com o som super alto, ainda cedo, chateado e sem sono, não consigo dormir e fico deitado por uns 40 minutos somente. Volto a rua e vejo a amiga num canto sozinha visivelmente aborrecida. Resolvo não me aproximar, mas ela vem a mim extravasar e por mais que me afaste ela volta por três vezes.Acabou a noite que prometia tanto para mim e chateado tomo uma decisão radical. Irei embora no dia seguinte. Acabou o carnaval para mim! Dou satisfação da minha decisão aos meus amigos e vou dormir no meu quarto antigo, não queria conversar mais com ninguém. Ao som de “Hip Hop” a noite toda e chateado não consigo pregar o olho e dessa vez não desligam o som e ele fica a todo o volume até as seis horas, quando já de pé, arrumo minha mochila, tomo banho, abro a porta para a turma da limpeza e saio da casa sem me despedir dos meus anfitriões que tão bem me acolheram.

Último dia - Às 6:30 horas do quarto dia, saio da república pego um táxi na praça Tiradentes e vou para a rodoviária(espero 4 horas para sair) com destino a BH e depois ao aeroporto de Cofins(espero 3 horas) rumo a Brasília com translado em São Paulo(espero 4 horas), chegando em Brasília, na minha casa às 20:30 horas. O tempo todo chateado, aborrecido, magoado e prometendo para mim mesmo que nunca mais isso se repetiria.

Mas nada melhor do que um dia atrás do outro e uma noite no meio (melhor ainda se é na sua cama) para esclarecer os acontecimentos.A culpa de eu ter encerrado meu carnaval no meio não foi da minha amiga, pois a discussão (se é que existiu) foi por motivo banal e nunca justificaria uma decisão tão radical de me retirar daquela forma. Então o que foi o que aconteceu?- Eu estava simplesmente exausto, cansado, estressado e isso com ninguém, mas pela situação toda em que me encontrava.- Vejamos, as pessoas que estavam ali, não eram da minha faixa de idade, buscavam um relacionamento sexual (pode até ser somente trocas de beijos) em que eu não me encaixava. Uma competição de quanto mais “ficar” melhor. Vejo isso muito como uma atitude adolescente, mas entendo que cada pessoa tem o seu próprio tempo. É o caso do “coroa” bêbado que incomodava as meninas e elas o rejeitavam, até o ridicularizando nas suas costas. Ele sóbrio quando soube do ocorrido, contado pelos seus parceiros, deu uma larga risada e disse que elas levavam a vida muita a sério e que a vida tinha que ser vivida. Ele claramente ainda teria que amadurecer mais, ao menos nesse item, apesar dos seus mais de cinqüenta anos. Da mesma forma que vemos alguns jovens super sérios.Enfim não existe um tempo definido. Cada um tem que saber quando chegou o seu!
O meu eu já sei!

George Guedes

As fotos dessa aventura vocês podem ver em:http://public.fotki.com/GeorgeGG/carnaval_em_ouro_preto/


19 Comentários:

SheilaCampos disse...Ahahahaahahahahahahhaa!!!Bonitão, que graça! Meu Deus, chorei de rir! Desculpe-me a indelicadeza, a insensibilidade - mas, convenhamos, contado assim, e lembrado com distanciamento, é muito engraçado!!! Inacreditável, mesmo, que tudo acontecesse com você!Isso me lembrou a "pérola" que ouvimos daquele mesmo senhor que vc descreve aqui: "a madrugada é a hora em que TUDO pode acontecer - inclusive, NADA!" (Risos)))) Ai, aconteceram coisas com você, mas não exatamente as que vc esperava! (Risos)))))Quinta-feira, Março 02, 2006 12:28:33 PM

Carla disse...Meu super querido amigo!!! Só agora tive tempo para parar e ler o seu relato de carnaval. Fiquei de certa forma contente por não ter sequer cogitado a possibilidade de ir, eu seria mais um peixinho fora d'água, com toda certeza! "Enfim não existe um tempo definido. Cada um tem que saber quando chegou o seu!" (falou tudo nessa frase, vc é demais!!!!)Fiquei comovida, também ofereceria um lugarzinho no quarto para vc...mas como já está de volta a sua casa, vamos mudar de assunto. (risos))))BjosSabado, Março 04, 2006 10:41:00 AM

Paula disse...GG,Comovi com seu depoimento, nem eu sabia disso tudo...rsrsbjksSegunda-feira, Março 06, 2006 09:48:00 AM

Sybele disse...GG, Vc não estava no seu juizo normal qdo aceitou ir passar o carnaval numa república, mas vc tem razão, a galera pegou pesado. Isso foi bom para vc pensar melhor na próxima vez que nos abandonar...Domingo, Março 12, 2006 06:22:50 AM

Lutche Mansur disse...Amado amigo GG,Realmente eu posso compreender seu drama, não sei porque eu e o carnaval nunca nos topamos. Hoje busco mais a tranquilidade de uma cachoeira ou de uma cidade "verdadeiramente" do interior. Se vc tivesse me falado que ia para Ouro Preto eu tinha te avisado porque já conhecia a fama e o estilo de festa que acontecem por lá. Assim são todas as festas que "rolam" por lá. Mas não é culpa do povo de lá, muito pelo contrário, mas é muita misturada de gente, de todos os lugares, de todas as idades, credos, cores, sexo, então é bem provável que pessoas com uma maturidade maior não se vejam tão "encaixadas" neste enredo. Mesmo vc ainda sendo um cara pra lá de animado é uma pessoa que preza pelo respeito mútuo e pela sua privacidade (muito normal, alias), mas desde o primeiro dia foi lhe dado as dicas de como seria porque, com o nivel de alcool aumentando, com certeza, vc não esperaria que a coisa melhorasse né? Mas vc, resistiu bravamente.Ainda que não tenha sido nem de perto o melhor carnaval de sua vida (talvez tenha sido o pior..quem sabe...)foi um aprendizado que vc com certeza levará para toda sua vida. Eu, mesmo na minha época da minha mais alta farra, nem assim, com o espirito de aventura nas alturas, quis ir para Ouro Preto no Carnaval. Minha melhor amiga que mora em Barbacena foi uma vez também e passou por uma experiência muito parecida com a sua. Seria cômico senão fosse trágico e eu me solidarizo com vc pois já passei um pouco assim em alguns lugares que fui onde não me via inserida no contexto exatamente por ter uma visão de "diversão" muito diferente das pessoas (ficar bodado, vomitando e passando mal não é nem a última de minhas opções), mas confesso que ficar sóbrio numa situação destas pode, ainda que seja o mais correto, a pior das escolhas. A gente fica deslocado senão bebe, senão "acompanha" a galera, é chamado de "careta", é alvo de piadinhas e etc e tal...eu sei bem isso. Esse negócio tb de sair por ai beijando mil, ou um cada dia nunca foi para mim uma boa, eu, mesmo sabendo que o Carnaval acaba e seus relacionamentos relâmpagos tb gosto de curtir uma pessoa só...ficar beijando um monte de gente só por beijar ou para "colecionar", para depois nem lembrar quem era não é definitivamente a minha praia, com toda a certeza. Mas como dizia a minha vó (uma sábia mulher): há males que vem para o bem, a gente sempre aprende e tira muitas lições sobre tudo que nos acontece. Isso, mesmo que de uma forma torta, nos engrandece se conseguirmos superar nossos sentimentos mais primitivos e sublimar para fora da gente, catalisando com nossos sentimentos mais nobres, ainda que seja muito dificil no momento da situação. Com a cabeça fria e longe de tudo, principalmente com ela no nosso travesseiro, o corpo em nossa cama e os pés no lugar onde deveriam estar é que conseguimos enxergar os fatos, analisar nossas visões e entender (o mais dificil) o porque tudo aconteceu numa sucessão tão natural de incidentes nada agradável..mas isso é viver amigo, e mais do que isso, é saber olhar para os lados, no bote salva-vidas no Titanic e ainda assim querer ainda viver, porque com certeza a gente vai sobreviver porque temos principalmente a esperança que "dias melhores virão"...e com certeza, pra vc eles sempre chegarão.Um beijo grande da amiga que te ama, Lu.Segunda-feira, Março 13, 2006 7:42:03 AM

Derico disse...Meu amigo GG, não resisti, mas a medida em que lia o seu texto eu tive que cair na risada, pois tava engraçado demais, embora eu não quisesse estar na sua pele...Mas é por essas e por outras que eu não sou fã do Carnaval, festividade esta que só gosto pelo feriado prolongado qeu me proporciona. Beber até passar mal, som em altíssimo volume, me sentir deslocado e ainda dormir com um pé sujo na cara ou com um pinguço prestes a vomitar ao meu lado...sinceramente, esta não é a minha praia.Abços.Quarta-feira, Março 15, 2006 1:12:03 AM

Wandilene disse...Oi lindo GG,Acabei de ler sua aventura carnavalesca. Como eu escrevi para o Asclê acho, que, "Pelo que eu li, nem eu estaria preparada." Mas deve ter valido pela animação e pela oportunidade de conhecer pessoas animadas.Quarta-feira, Março 15, 2006 12:01:50 PM

Valéria disse...Olha, não vou dizer aqui e nem serei indelicada, de dizer a vc que eu ri, eu ri muiiiiiiiiiiiiiiiiiiiito do seu drama, pois é óbvio que eu não ri. Muita crueldade da minha parte rir da desgraça alheia, e eu não sou uma mocinha tão cruel assim. (Vc acredita em Papai Noel ainda?)Bem, vamos aos comentários:Creio que vc deveria ter conhecido o Carnaval de Ouro Preto, assim como o de Diamentina (apesar de serem parecido são bem diferentes...rs...) mas em ouuuuuutros tempos, pois como vc mesmo colocou vc já descobriu o seu tempo. Por isso que TUDO estava errado, por isso que NADA, por melhor que fosse (naquela situação) estava lhe agradando...Juntando a muiiiita katchaça o incômodo acaba por se multiplicar...Mas como nessa vida a gente tem sempre que brincar de "Poliana", vc pode pensar que pelo menos fez um passeio turístico por uma bela cidade histórica, se bem que acho que vc não deve ter podido ver tudo, em função de ser carnaval e muita coisa estar fechada, certo?Então um dia volte, A Si fez o passeio turístico pelas cidades históricas de Minas e adorou, realmente é muiiito bom... E agora uma diquinha, mas que creio vc já ter certeza dela, carnaval desse tipo pra vc só na próxima encarnação e isso quando vc tiver lá pelo seus 17,18,20 aninhos...rs...rs...Um beijo grande pra vc!!!Quarta-feira, Março 15, 2006 12:42:53 PM

Lorão disse...Meu amorzão lindão!!!!!!Que coisa hein? Que carnaval maluco, mas tenho certeza que vc se divertiu muito, apesar dos pesares, vc é sempre bem vindo a qualquer lugar.Uma pessoa amiga, sincera, brincalhona, atenciosa e carinhosa como vc, dificilmente possa vir a existir.E saiba que ano que vem irei ti intimar pra irmnos uma tchurma pra tocar o terror em OURO PRETO.Tô rolando de rir aqui, só vc mesmo!!!bjuxxsss com carinho de sua amiga que te adora muitão.loraoQuarta-feira, Março 15, 2006 1:43:05 PM

Thaty disse...Ai, GG, que aventura, hein!! Realmente, estes carnavais adolescentes também não me atraem nem um pouco, mas acho que assim como você, eu também teria tentado... e abandonado!! rsrsBoa sorte na sua Semana Santa!!Beijão!Quarta-feira, Março 15, 2006 6:44:22 PM

Sandro disse...É GG q aventura, Ouro Preto tem dessas. So li o primeiro dia e ja estava me acabando. Caramba. Queira dizer nao, mas e normal isso no carnaval. Depois conversamos pessoalmente. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkParabensQuarta-feira, Março 15, 2006 2:02:22 PM

Mr.Hyde disse...Meu Amigo, 3 coisas sobre sua Saga de Carnaval:1) Que negócio é aquele de quando acordou mesmo?Você já provou guarda-chuva? Guarda-Luva ou outro tipo de guarda??!?!?!??2) Quanto à Coca-Cola, viu como faz mais bem que cerveja? Por isso só tomo Coca...3) Várias vezes Você disse que seu carnaval havia terminado, mas...Pela descrição da sua Saga, em algum momento ele começou?Hahahahahahhaa...Pelo menos Você se deu bem, hein, com as duas meninas dentro do quarto, né? hahahahhahahaha...Abraços, Mano, Você dá pra um ótimo escritor!Quarta-feira, Março 15, 2006 10:37:00 AM

Lili disse...huahuahaauahauahaukkkkkkkkkkkkkkkhaaaaaaaaaaaJá vi q nao sou só eu q pago mico não,kkkQuarta-feira, Março 15, 2006 09:58:00 AM

Dri disse...Gegê...Não consegui postar no seu blog mas lembre-se que em tudo que vivemos aprendemos sempre e curtimos o lado bom e o ruim (lógico que bem depois e friamente). E o melhor, você estava com amigos e era CARNAVAL... você estava num vale-tudo pode-se dizer assim.Agora, me desculpe, mas ri muito... não consegui deixar de rir diante do seu depoimento.Amo você!!!Quarta-feira, Março 15, 2006 08:15:00 AM

Lilis disse...GG, querido, li os dois primeiros dias e quase me matei de tanto rir da tua descrição do azedo do quarto e do chulé do "loirinho".... vou ler os outros dois dias amanhã que é para não perder nenhum detalhe.... mas adorei! Se eu soubesse, teria ido nesse carnaval... rs... BeijosGG, não resisti até amanhã. Tive que entrar novamente no blog para ler os últimos dois dias. O que eu posso te dizer!? Foi uma experiência. Não a melhor delas, mas uma das que podes contar para qualquer pessoa, tendo o privilégio de, passados alguns dias, dar boas risadas a respeito. Na verdade acho que eu mesma teria me sentido um peixe fora d'água. Apesar de ter apenas 27 anos sei que já passei dessa fase adolescente de beijar todo mundo na boca... a fase do quanto mais melhor.... Tem anos que estou na fase: quanto mais qualidade, melhor.... é bom saber selecionar... muito bom mesmo....Mas adorei o texto... pense no assunto: poderia virar um conto.... dos bons... escreva um... se quiser, te mando alguns meus pra tu leres e teres uma noção....Beijoca...GG, gostei tanto do blog que decidi criar um pra mim... depois dá uma olhada... http://vitrineliteraria.blogspot.com/BeijosSexta-feira, Março 17, 2006 11:15:00 PM

Lucia disse...GG....ri muito de suas aventuras carnavalescas...entendo que não deve ter sido fácil...mas que foi muito engraçado isso foibjsSábado, Março 18, 2006 11:26:00 PM

Raquel disse...Li seu blog...fiquei com vontade de te resgatar daquele carnaval...é verdade, cada um tem seu tempo. Sua aventura me lembrou um carnaval que fui passar em Porto Seguro, tinha 17 anos...acho que foi a pior viagem da minha vida, desde então passei a fazer coisas muito mais interessantes nos dias de folga do carnaval...bom saber de vc, beijo grande.Sábado, Março 18, 2006 11:54:00 PM

Ascle Junior disse...GG,Como vivi algumas das tuas experiências no último Carnaval, pelo que vi dos comentários postados, é que o pessoal ficou com uma impressão pra lá de negativa da República e de Ouro Preto... aliás, acho que você não quis passar essa impressão, mas o povo ficou uma imagem pra lá de ruim daquele que considero "o melhor carnaval do Brasil".Depois de ler o teu texto, senti ainda que se ficássemos em um hotel, sem República, nosso Carnaval teria sido "normal", embora nas ruas tivesse muita gente bonita, animada, assim como não vimos baixaria e nem violência, como nos diversos rincões do Brasil. Mas seria comum... nada de novo, nada de diferente da pipoca de Salvador, de Recife (ou Olinda), de Aracati ou do Rio de Janeiro.Infelizmente, os moradores da República resolveram separar os ex-alunos (sou tido como tal) e não nos deram o quarto conforme o prometido, porque algumas de nossas amigas não foram... segundo me explicaram por lá... por isso te peço desculpas.Infelizmente, também, colocaram aqueles israelenses malucos no teu quarto (nunca vi ninguém ficar a tarde toda fazendo abdominal carpada durante o Carnaval) e aquela vaca-roncadora que pensa que é um ser humano.Como você disse, da próxima vez ficamos em um hotel (o que eu já vinha fazendo há alguns anos!) e passamos o dia na República... se houver próxima vez (eu volto, com certeza!).Unabraço,AsclêP.S.: Ri pra cacete do teu relato!! Terça-feira, Março 28, 2006 10:27:50 PM

Viviane Naves disse... CREEEEEDOOOO...Putz... Estou no primeiro dia ainda e já estou com a pulga atrás da orelha... Vixii... será que vou aguentar o Segundo Dia?????????????????? :-) :-) :-()Caramba... que desespero é esse q está vivendo????Nossa... será que vai aguentar a tudo nessa magnitude aventura??? :-)GG... não sei como vc está aguentando todo esse tempo nesse lugar... Ninguém merece.... mas vc está com uma paciência de Jó... Ficar sem dormir... o estômago passado... muita cerveja... sem conforto... Chega um momento q não dá mais... Bom.. ainda bem que tudo isso acabou... Como vc disse... depois que chegou na sua cama, descansou, veio a reflexão sobre o ocorrido:Foi uma experiência única e como vc disse: "Cada um tem que saber quando chegou o seu!"É verdade GG,Cada um de nós vai mudando... passando por experiências de vida... amadurecendo... e a vida vai ficando mais linda ainda... mas devemos saber até que ponto podemos ir, quais os locais que desejamos estar, quais pessoas se encaixam conosco... e tantas coisas q vamos aprendendo no dia-a-dia...Aqueles adolescentes estavam no seu ambiente... e não podemos culpá-los por isso, não é mesmo?Vc viu q era diferente... Afinal.. tudo foi uma surpresa qdo chegou nesse local... GG, vc foi um herói nesse lugar... :-)Parabéns e admiro a forma como lidou com tudo... Cada um tem o seu limite e vc chegou no seu...É bom depois a gente refletir, como vc o fez... Parabéns! É assim que a vida é feita!Um beijo no seu coração,Viviane Naves
Terça-feira, Janeiro 16, 2007 11:45:54 AM